sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!

Pessoas, semaninha corrida e também não sei como será a semana que vem, portanto, para garantir, antecipei meus votos de feliz Natal e Ano Novo.
O Mariolando (e eu!) de forma alguma poderia deixar de agradecer a todos que acompanham aqui as dicas, textos e minhas Mariolices com o maior carinho e atenção do mundo.

Meu muito obrigada à todas as críticas, sugestões e participações seja através de comentários deixados aqui ou no meu Facebook.
Espero que no ano que em breve virá, possamos estar mais uma vez juntos.

Um beijo e até a próxima...logo, logo!
Se der tempo, preparo um post de dicas ok?! =)

obs.: PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO, CLIQUE EM CIMA DE IMAGEM QUE UMA NOVA IMAGEM (NO TAMANHO ORIGINAL) ABRIRÁ!
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Refletindo...

Ontem algo muito bom invadiu meu peito, meu coração e minha mente e me trouxe uma sensação deliciosa que só enquanto escrevi esse texto, consegui definir como um sopro de satisfação.
Durou pouco, alguns segundo, mas pude viajar pelos 31 anos da minha vida e fazer então uma avaliação de tudo que vivi nesse tempo!
Essa sensação me inspirou para escrever algumas (muitas) palavras. Acredito que momentos como esses devam sempre ser compartilhados. Perdemos muito tempo da mnossa vida nos queixando, reclaando e muitas vezes acabamos esquecendo de admirar as coisas incríveis que o tempo nos presenteou. Uma delas foi o amadurecimento. Minha vida teve tantas transformações que em alguns momentos cheguei a ficar perdida. Hoje, através desse texto escrito ontem, enquanto descansava de mais um (longo) dia de muito trabalho na cama e ouvindo uma boa música.
Já reparei que meus leitores gostam quando me abro, exponho meu eu mais sensível. Pois bem, esse texto é puro eu. Sem mais, nem menos. Somente eu!
Fiz questão de não editar o texto. As palavras foram saindo e saindo e os sentimentos estavam tão aflorados que uma edição poderia estragar a essência daquele momento sublime, tão raro em minha vida. Sim, gosto de filosofar sobre a vida, mas ontem, fui fundo comigo mesma!

'Tô aqui deitada na minha cama, fones de ouvindo emudecendo o barulho lá de fora e me trazendo as canções mais lindas que poderia ouvir (Flightless bird e Everybody Hurts), livro aberto na minha frente e então sou subitamente surpreendida por um sopro de satisfação. Subitamente surpreendida porque esse sopro veio quando menos esperava! Nada incrível aconteceu hoje, ao contrário! Nos últimos dias trabalhei pra caramba, perdi minha novelinha querida (mulherzinhafeelings), hoje meu anjo de 4 patas, minha dona, teve uma indisposição (que se Deus quiser foi embora sem deixar rastro) e eu aqui longe, meu sobrinho fez 8 lindos meses e eu aqui longe, enfim..e então percebi que coisas incríveis acontecem sim, aliás, elas vêm acontecendo desde sempre em minha vida de forma tão imperceptível que até esqueço de reconhecê-las no fim de um dia de trabalho ou de um fim de semana com minha família.
Quando senti esse sopro, agora a pouco, subindo pelo peito, passando intensamente pelo coração e alcançando minha mente, pude ver em fração de segundos cada maravilha que a vida me apresentou.
Essas maravilhas vieram em forma de superação diária das dificuldades, vem em forma de amadurecimento, de pequenas conquistas pessoais, em ser capaz de sentir um amor tão intenso, verdadeiro e puro por alguém que isso transcende quem eu sou, vai além da minha alma!
Imediatamente olhei em volta e vi esse meu pequeno apertamento...pequenininho sim, mas meu! Ok, não meu, mas tô pagando aluguel então no momento é meu ok? hihihi
É muito louca essa sensação de que uns anos atrás eu tava presa em pensamentos restritos. Comodidades e medos que uma vida até ali fácil e logo em seguida, do nada, difícil demais traziam. Estava por anos num relacionamento que - hoje consigo enxergar - não me levava pra frente, ao contrário, hoje reconheço que só amei errado e andei para trás cada vez que me anulei ou fiz algo para agradar o outro e nunca a mim mesma. Eu vivia sob teto dos meus pais que mais parecia a barra da saia de minha mãe de tão protegida que eu tava do caos da vida moderna e independente que eu tanto idealizava. A cama macia, os lençois e roupas cheirosas e a comida deliciosa, caprichosa e prontamente servida na mesa bem arrumada tinham o poder de atrasar qualquer plano de sair de casa.
Em meio a todo esse pensamento deparo-me e surpreendo-me com o causador desse sopro: o maior erro da minha vida - o de me entregar à pessoa errada, à maior mentira e decepção da minha vida - foi o meu maior acerto, foi o primeiro passo para tomar as rédeas da minha vida preciso admitir! É, para alguns, ou melhor, acho que até para muitos ou para os meus 'fãs' mais irônicos, sair de SP, do conforto, para ir morar num apErtamebto, numa cidadezinha do interior, trabalhar numa pequena empresa e ter poucos amigos é a visão do fracasso mas para mim isso tem sabor de vitória! Muitos preferem enxergar o que deu errado, mas hoje quero e vou enxergar o que deu certo! Um dos momentos cruciais da minha vida foi quando larguei minha casa, uma vida confortável e segura pela pessoa errada pela incerteza dos dias que viriam! Eu me estrepei e junto levei meu coração, minha autoestima e em alguns momentos até minha dignidade em nome de algo que nunca existiu. Fui 'largada' poucos meses depois e nunca para a insatisfação de uns, não desisti - parecia que sim, até tentei desistir, mas voltei atrás. Continuei trabalhando e nas horas vagas chorava me sentindo fracassada, me sentindo aquele lixo que o amor da minha vida tinha feito eu me sentir. Chamaram-me de gorda, de descuidada, mas essas pessoas numa perguntaram como eu estava por dentro, nem antes nem depois de me chutar. Os cacos estavam espalhados e eu não tinha a menor disposição para juntá-los. Cheguei a sentir vergonha do que eu sentia mas NUNCA senti vergonha do que eu era ou do que havia feito até ali. Sempre me responsabilizei por minhas atitudes, por meus erros e acertos, mas também faço questão de culpar o culpado. Meu Deus, como eu precisava desse sopro naquele momento para me mostrar que naquela hora, ou melhor, nos dois momentos mais difíceis da minha vida, eu não tava perdendo, mas ganhando! Eu tava ganhando a chance de ser feliz sem alguém do meu lado me colocando para baixo o tempo todo, mentindo. Tava me dando o direito de chegar na minha casa depois de um longo dia de trabalho e ficar em silêncio comigo mesma. Eu tava ganhando o direito de não arrumar a cama quando não tinha vontade e de comer comida congelada. Eu tava ganhando o direito de falar o que eu pensava e mais, eu tava ganhando o direito de simplesmente não falar nada!

Hoje enxergo que de uns anos para cá ganhei mais do que momentos ruins, dificuldades, decepções, horas extras de trabalho ou saldo negativo no banco; eu estou dia após dia ganhando minha vida - essa minha vida que muitos desprezam, ou melhor, que até eu muitas vezes desprezo ouvindo o diabinho ali no meu ombro! rs
Ganhei maturidade em cada topada que levei nas quinas da vida. Ganhei amadurecimento em cada decepção e mentira que o amor sabiamente me trouxe. Ganhei mais Deus no meu coração.
Olho em volta, nesse pequeno apartamento, vejo em cada móvel, em cada objeto bagunçadamente arrumadinho, o símbolo da vitória de uma luta diária que começa no momento que abro os olhos de manhã e que nunca adormece! É símbolo da minha coragem de deixar o certo e ir atrás no novo desconhecido e que mesmo no ínicio se mostrando errado, com meu eaforço, transformei em acerto! Coragem de assumir contas e um canto para cuidar que depende do meu trabalho, do meu salário, da minha luta. Coragem para assumir responsabilidades e as rédeas da minha vida e não depender de mais ninguém nesse mundo para conquistar algo. Todos os dias enfrento os leões do desânimo, do cansaço, da solidão e até da rejeição. A distância da família e de meus amores...ah meus amores... esses dois, minha Lori e o João Pedro, os responsáveis por me permitir sentir um amor transcedental, um amor verdadeiro, honesto, puro, que vai além de palavras e quilômetros de distâncias.
A vida nem sempre é fácil, mas são momentos como esse, sensações como essa que fazem a vida valer a pena!
Sei o que me prende aqui nessa cidade que todos os dias me lembra cruelmente pq vim parar aqui. O que me prende é minha necessidade de liberdade e independência e que tenho aqui. Aqui sou eu, eu mesmabe Carolina hehehehe Dependo 100% do meu esforço. Tenho meu trabalho que dá uma canseira, mas AMO ser publicitária. Amo o que faço e amo meus companheiros de agência. Pago minhas contas sendo o que escolhi ser, fazendo o que escolhi fazer. Preparo minha comida e realizo a mágica de fazer surgir comida na geladeira. Aqui eu que faço o lençol e as roupas ficarem limpas e cheirosas - não como na minha mãe, mas tá valendo - e a comida nem sempre é quentinha e gostosa como na casa dos pais. Aqui não tenho minha gordinha =( Mas aqui eu SOU! Posso ser em qualquer outro lugar, claro, mas ainda não apareceu a chance ( ou seja, emprego ideal para me bancar 100% como faço aqui)

No fimndas contas e na minha humilde opinião, um grande homem, um vencedor, não é aquele que faz grandes feitos para mundo, que impressiona multidões, que tem estátua em sua homenagem, que trabalha 20 horas por dia para provar algo a alguém, mas aquele que revoluciona a própria vida, que vence em silêncio. Aquele que deixa marcas silenciosas porém inesquecíveis na vida das pessoas em sua volta. Aquele que é capaz de se sentir satisfeito e realizado mesmo sozinho, morando numa casinha singela e com um salário igualmente singelo, o suficiente para honrar suas despesas.

Pois é gente, não sei se isso pode ser chamado de felicidade...prefiro continuar chamando de sopro de satisfação. Um leve toque da mão de Deus me permitindo viajar rapidamente por minhas pequenas -acho que para alguns insignificativas - porém (para mim) grandes realizações e assim me sentir grata por tudo que Ele realiza e me ajuda a realizar, de bom e de ruim, e claro, sentir, dia após dia.

Não sou grande coisa, tô longe de ser. Algum até já sentiu vergonha de estar do me lado (????), mas quer saber? Com todos meus defeitos, dificuldades e conflitos diários, eu não gostaria de ser mais ninguém no mundo senão eu mesma, aqui, nesse apartamentozinho no interior, ralando pra caramba, com minha familia encantadoramente complicada mas com alegrias que só meu coração entende e feliz com meu caráter!
Percebo que uma das melhores coisas do mundo não é ter motivos para sentir-se satisfeito, mas simplesmente poder sentir satisfação sem motivos! É sentir-se em paz consigo mesmo, mesmo no olho do furacão. É poder se sentir calma, tranquila, bem quando se está arrodeado de pessoas causando, prejudicando...é ter seu lugar no mundo. Ter o seu silêncio tão desejado. Ter a liberdade de ser solitário, mas não só!

Bom, fico por aqui! Everybody hurts toca e o pensamento vai longe...tão longe que fica impossível transformá-los em palavras!

Uma boa noite para todos!'

É isso gente!
Essa sou eu! Cheia de conflito, cheia de dias ruins e lamentos. Brinco que qualquer dia vou construir um muro das lamentações na minha casa, porque né....
Mas também sou uma pessoa que agradece todos os dias a Deus por mais um dia e mais uma noite. Plea pequenas graças que ele me concede todos os dias. Pelo meu trabalho. Pelo meu ganha pão e por poder me bancar, me sustentar. Agradeço não só minha saúde, mas de toda minha saúde e se for para pedir, que seja sempre saúde e para manter meu caráter sempre bom. O resto, é nossa responsabilidade!

Até a próxima pessoas e desculpem o desabafo que prefiro chamar de reflexão!

xoxo