quarta-feira, 16 de março de 2011

Pés cansados

"Fiz mais do que posso
Vi mais do que agüento
E a areia dos meus olhos é a mesma
Que acolheu minhas pegadas

...
Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que era seguro
Descobri que é possível viver só
Mas num mundo sem verdade..."

Vou logo avisando: esse não é um texto curto. Tampouco o texto do link que indicarei para vocês é. É um post para quem gosta de ler, gosta de histórias!

Hoje abro meu coração e um pedacinho da minha história e quem sou para dar uma dica de leitura. Na verdade não chega a ser um livro, é uma matéria que saiu na Revista Época, em dezembro de 2001 (faz teeempo!) mas que só pude ler passado um bom tempo depois fuçando textos na internet.
Essa reportagem me inspirou a viajar às minhas origens, redescobrir minhas raízes e achar um pouco (ou muito) delas em mim.

Olha gente, adoro velhinhos! Pois é, sempre gostei. Acho que seus olhares cheios de  histórias e melancolia me atraem. Tenho uma curiosidade ávida em relação a eles, suas vidas, tudo o que eles já viverão e aprenderam ao longo de tantos anos. Viajo imaginando que um dia todos eles foram 'brotos' reunidos em salões de clubes ou cinemas sempre com cabelos e vestidos impecáveis e lindos. Amo pensar na vida no sec. 18, 19, na década de 40, 50 e no estilo de vidas dos nossos avós e bisos.
Sim, estou falando sobre velhinhos porque é justamente sobre eles que essa reportagem fala.
Elianae Brum, a autora dessa delicada missão, deixou claro em seu texto A Suave Subversão da Velhice (lindo título para uma matéria tão cheia de sensibilidade), tudo o que existe por trás dos olhares melancólicos e cheios de saudades desses grandes portadores da vida...

A velhice gente pode mutias vezes ser muito cruel. O texto retrata o dia-a-dia desses sobreviventes dos anos e décadas passadas em uma casa de repouso. É...o abandono é parte da velhice, mas não deveria!
O que achei mais impressionante nos relatos foi a paixão que muitos desses velhinhos isolados da convivência familia ainda carregam em seus corações e seus olhares desejosos por atenção, vida e amor, a saudade dos tempos áureos, gloriosos e de juventude. Eles estão ali sim e são muitos! Uma vida inteira, anos e mais anos de história resumida a um quarto de asilo, muitos até compartilham esses quartos. Outros, com mais possibilidades financeiras porém não mais queridos que os menos favorecidos, conseguem espalhar 70, 80, 90 anos de uma vida e histórias entre as gavetas e pequenos armários de seus quartos individuais. Muitos deles vivem a expectativa de uma visita que nunca vai chegar, outros a fantasiam e outros simplesmente vivem conformados.

Acho que fui uma pessoa de sorte em relação aos velhinhos da minha vida e acredito que eles tabém tiveram sorte ou apenas viveram/vive como deveriam/deve: cercados de amor, família e continuidade.
Meu avó parte de mãe, não tive o privilégio de conhecer. Este se foi pouquissimo antes de eu nascer mas eu sabia que estava ansioso com a chegada da menininha na família. Meu avô parecia ser uma pessoa única. Impossível não dar risada com as histórias que um ou outro me contam dele. Senti falta de ouví-las de sua própria boca. Infelizmente ele é para mim um rosto desconhecido mas mesmo em planos diferentes e nunca tendo nos conhecido, jamais seremos estranhos um para o outro. Ele está em mim e eu nele e certamente enquanto ele partia e eu chegava, nos cruzamos em algum momento.
Meu outro avô, o paterno, tinha cara de avô! Cabelinhos brancos, pele branquinha com bochechas rosadas e sorriso simpático no rosto. Era gringo...um cubano com muita história de superação para contar. Acredito que daria um filme. Superou as dificuldades de um governo 'fidelista' em Cuba e para proteger seu patrimônio e sua grande família, partiu de Cuba em busca de tempos melhores começando uma nova vida nos EUA. Não teve medo de recomeçar e foi do zero que tornou-se um homem grande, vencedor. Deixou de herança um nome que não tem valor. O sangue guerreiro dele corre em minhas veias e só poderia me orgulhar. Não lembro de meu avô como um homem de muitas palavras (ou então minha avó é que é uma mulher de muuitas palavras!) mas ele falava com os olhos. Mesmo morando longe e não tendo tanto contato com ele como gostaria, sempre que íamos vistá-los, encontrava em seus olhos a satisfação e alegria por estarmos finalmente reunidos. Nossas cochiladas na sala de tv eram alvos de brincadeiras. Ele em sua cadeira super confortável, sempre com o controle remoto de sua tv enorme em mãos e eu esparramada naquele sofá de tecido florido tão confortável. Os meus cochilos após sua partida não foram mais os mesmos, perdi meus companheiro de soneca pós almoço. Sentia falta de acordar de repente com o barulho da tv - ele zapeando incansavelmente as centenas de canais até cair no sono de novo. Nossas histórias ficaram em Miami e talvez por essas e outras seja uma terra que tanto amo, me identifico e faz com que me sinta em casa, acolhida, como fazia meu avô. Hoje minha avó vive nas Bahamas onde ele descansa para todo o sempre e lá pude fazer novas histórias e até mesmo reviver as antigas quando ele ainda morava lá antes de mudar para Miami.
Minha avó paterna, bom...uma palavra traduz o que ela é não só para mim, mas para quem a conhece: guerreira! Uma mulher de personalidade forte! Acredito que foi uma jovem com uma mente muito a frente da sua época. Enfrentou ao lado do meu avô as dificuldadeS de um novo e radical governo cubano, deixaram para trás não só suas origens mas batalhas de uma vida e partiram para um novo recomeço. Ela sempre à frente daquela enorme família que o tempo tratou de encaminhar para seus destinos. Ela é a verdadeira matriarca e hoje, do alto dos seus 90 e muitos anos e com uma imagem frágil sentada em sua cadeira de rodas, mostra-se cada dia mais forte e guerreira. Minha avó é uma rocha! Inteligente, culta, engraçada nas suas tirinhas irônicas e verdadeira nas suas sinceridades alguma vezes sinceras demais. É uma licença poética, ela pode tudo! Firme e esperta, não se deixa levar por blablablas alheios e mesquinharias. Sente o faro da mentira e falsidade de longe. Resolve na hora qualquer obstáculo. A falta de forças nas pernas jamais a impediu de dar um passo maior a cada dia que se passa. Sua força interior venceu doenças, decepções, dificuldades e comemorou alegremente cada vitória. Suas mãos frágeis ainda hoje agarram com toda força as possibilidades que a vida lhe dá em dar um sorriso largo, sincero, de felicidade e diversão e as quase não existentes marcas de expressão em seu rosto (impressionante!!!) e suas bochechas rosadas mostram uma beleza que mesmo com o passar dos anos, não se apagou. Quase não tem cabelos brancos para contar suas histórias (falo sério! E ela não pinta), mas essas histórias vivem em cada poro do seu corpo, cada linha muito bem desenhada de sua expressão cansada pela idade mas jamais derrotada, cada sílaba pronunciada nos vários idiomas que fala e em cada ponto de luz que seu olhar cansado reflete mas ainda cheio de vida. Minha avó vai longe ainda, mesmo que um dia essa vida a leve de nós, ela continuará seguindo firme e forte, como sempre fez em toda sua vida!

Minha avó materna...ahhhhh, essa é minha Vivi. Palavras não me faltam porém me calo ao pensar nela. A palavras simplesmente não bastam para definir meu amor incondicional por ela e minha saudade latente. Minha avó era minha base. Mulher linda, elegante, tão cheia de vida, enérgica. Frequentadora assídua juntamente cm meu avó nas festas dos clubes. Sempre tão vaiodosa e bela vida, ela depositava em mim sua continuação. Não sei se frustou quando tomei as rédeas da minha vida e personalidade e abandonei um pouco dessa vaidade excessiva depositada em mim, mas à medida que eu acalmava esse exagero de maquiagens e penteados impecáveis, mais me abastecia de sua ternura e paixão pela vida. Minha avó tinha paixão pela vida e gostava de vivê-la intensamente. Adorava uma cervejinha no deck da nossa casa de praia e era obrigatório o champanhe na virada do ano.
O olhar da minha avó é algo que guardo até hoje dentro de mim, pois para mim ele falava. Seu sorriso quando me via chegar de São Paulo para uns dias eu seu lado iluminava meu coração e eu me sentia preenchida pelo amor de vó que ela sabia dar. Sempre me elogiando mas critiando quando necessário. Vibrava minhas conquistas por menores que fossem e em seu sorriso murcho me passando força via seu sofrimento diante das minhas lágrimas de dor.
Carrego meu carinho por ela tatuado não só pulso, mas no meu sangue, no meu ser. A tatuagem não é só prova de amor, mas ali marquei sua existência para que todos vejam e timbrei para sempre sua vida na minha pele!
Minha Vivi era uma mulher única. E eu sei que eu era única para ela, sua única menininha entre tantos meninos. Todos os dias meu peito se rasga quando lembro que ela partiu sem me ver atravessando o altar rumo a um rapaz bom, merecedor do amor de sua neta querida e colocando em seus braçosum bisneto, vindo de mim. Isso nunca pude dar a ela e o tempo não volta atrás!
Ela era dona do meu único medo. Quando me perguntavam o que mais temia na vida, eu dizia "perder minha avó". Eu perdi...bem dizendo, não perdi, ela apenas desapareceu, mas ainda tenho medo de perdê-la...que ela suma dos meus sonhos...isso não vai acontecer, eu sei, mas temo! Assim como todos os meus outros avós, ela estará eternamente em mim mas mais que qualquer outros pois foi ao seu lado de cresci e aprendi a ser gente. Partiu sem fazer alerde, sem avisar porém foi em paz como merecia e com um leve sorriso de satisfação nos lábios. Sofreu nos seus últimos dias uma vida de dependências e enfim podia descansar. Já não caminhava mais sozinha, não fazia mais nada sozinha e até se maquiar, coisa que adorava, não conseguia mais fazer como antes. Eu sei o quanto para ela isso era difícil, mas muitas vezes ainda era possível vê-la sorrir de satisfação e nessas horas tudo mudava, era tão gostoso ouví-la gargalhar de alegria diante tanta dificuldade e impedimentos. Sofri muito sua partida mas hoje mais madura sou capaz de finalmente comemorar sua liberdade, o fim de um resto de vida sofrido. Ela me faz uma falta dolorida que poucos ou até mesmo ninguém, imagina. Pego-me conversando com ela a noite, pedindo proteção e sua presença sempre comigo, mesmo que nem lá de cima ela me veja casar e dar-lhe o bisneto tão aguardado.
Minha Vivi foi muito mais que minha avó. Ela é eterna no corações dos que a conheceram. Depois que partiu fui poucas vezes a Recife, não pela dor de não encontrá-la mais na nossa casa, mas por ocasiões da vida mesmo, mas tenho certeza que quando voltar lá, Vivi será a primeira pessoa que verei ao chegar lá e ficarei muito feliz em poder ficar um pouco mais perto dela ainda que por alguns dias. Entrar pela porta de casa e vê-la sentada em sua cadeira na sala de tv é uma cena que me acompanhará sempre. Era a melhor boas vindas que poderia receber ao chegar em casa, em Recife após uma viagem ou quando já morava em SP. Via-me inteiramente fincada às minhas raízes, por completo.

Existe ainda uma outra senhora que me ensinou muito, não é ligada a mim por sangue mas por afinidade, o que torna esse carinho também especial. Infelizmente não posso divulgar muita informação sobre ela para não ferir consciências pesadas e inseguranças/ciumeiras alheias, mas falo dela porque é parte da minha vida e sob minhas histórias e sentimentos tenho todos os direitos. Convivi bons anos com ela (uns 7 pelo menos!). Foram tardes e mais tardes de conversas. Adorava me ver bordar hehehehe.
Meu pai era seu colega virtual!!! hahahahaha. Os dois juntos batiam altos papos filosóficos pelo icq. Esta senhora sempre esteve à frente de seu tempo e faz o possível para manter-se culta ainda que sua vista torne essa missão difícil. Adorava o computador até o dia que sua vista enfraqueceu. Nem sempre a velhice é doce. Algumas vêm carregadas de fraquezas nas pernas e vista cansada e percalços.
Essa senhora me ensinou tanto, me deu tanto carinho sincero que é impossível mesmo hoje, quando nosso contanto é quase zero (infelizmente), eu esquecê-la. Carrego no meu dia-a-dia aprendizados e princípios trazidos por ela. Ela é uma senhora de personalidade forte e vontades próprias mas se você sentar alguns instantes ao seu lado (ela simpatizar com você rs) e se permitir viajar em suas recordações, verá uma grande mulher levada pelo sentimento e lutas de uma vida impressionante. Lembro de ficarmos horas sentandas na mesa da cozinha conversando sobre sua infância, sua meninice e momentos difícieis superados bravamente. Eu sinceramente a admiro e respeito!
Quando eu achava que nada mais me surpreenderia vindo dela, vejo ela atravessando a passos lentos e cheios de dificuldade o teatro da faculdade onde se formava, aos 72 anos (eu acho!) em psicologia. Aquilo encheu meu peito de orgulho. Saber que eu poderia contar com o carinho e sabedoria daquela mulher me dava segurança quando me via longe da única avó que me restara. Constuva dizer que ela era minha avó emprestada hahaha e ela sorria...um sorriso sincero, eu sabia. Aliás, durante toda nossa convivência ela não precisava ter compartilhado nada comigo. Nenhuma recordação, nenhuma história, fotos antigas, nada...só o sorriso sincero de carinho que me lançava e que se extendia à minha familia, bastava!
Hoje, mesmo sem o contato que eu gostaria de ter, ainda mantenho esse carinho por ela e é impossível não lembrar dela e de suas palavras sábias e de carinho na minha caminhada...

Gente, a dica de hoje exigiu que eu abrisse meu coração e sentimentos mais privados para mostrar a importância que esses 'velhos', idosos, terceira idade ou sei lá quais outros nomes dão à eles, têm em nossa vida e formação como ser humano. Sou parte de 4 corações que pulsam dentro de mim e que formam quem eu sou em essência. A marca da idade que tanto preocupa as/os jovens vaidosas/os só representa nossas experiências e vivências. Não há porquê temê-las ou disfarçá-las. Jamais evitarei minhas rugas, elas estão ali por algum motivo, fazem parte de mim, de quem sou. Em cada linha de expressão lê-se uma fase de minha vida, uma decepção ou uma vitória e sou orgulhosa disso tudo. Para quê apagá-las?


O texto da Eliane Brum retrata a vida de muitos velhos que após uma vida gloriosa e outras nem tanto, têm algo em comum: o endereço. Eles lutaram, enfrentaram repressões e guerras, geraram vidas e formaram seres humanos e hoje, para a comodidades desses 'seres humanos' gerados são deixados em casas de repouso para serem cuidados por estranhos de boa vontade (alguns nem tanto) sob o pretexto de "Lá serão mais bem cuidados", "Não tenho tempo nem condições para cuidar dela". Gente, eles nunca desistiram de nós.
Olha, não estou aqui para julgar a atitude de ninguém. Graças a Deus os meus velhinhos sempre foram muito bem cuidados e com muito amor lhes cercando e graças a esse mesmo bom Deus existem pessoas e lugares no mundo dispostos a acolherem esses sobreviventes de uma vida cheia de glórias e dificuldades, largados e abandonados pela família para tratá-los com a atenção e cuidados merecidos e assim poder desfrutar de um futuro não tão longo, com dignidade!
Um último recado: Lembrem-se todos: Um dia, seremos todos velhos! É preciso cuidar dos nossos velhos com todo amor e carinho para amanhã sermos velhos tratados com as mesma dedicação! Suas histórias são extensões de quem somos. Virando as costas para eles, viramos as costas para quem somos.

Para quem se interessa por esses grandes contadores de histórias reais, coloco a disposição o links dessa reportagem escrito com maestria e muita sensibilidade por Eliana Brum e publicidado na Revista Época. (são várias páginas d texto, espero que tenham paciência. É um belíssimo relato!) É um texto que leio e releio sempre!
http://epoca.globo.com/edic/20011224/especial1a.htm

Ah, para minha amiga anônima que falou sobre textos bajulescos num post anterior, nenhum velhinho, tampouco a Revista Época ou a própria Eliana Brum me pagaram para escrever esse longo texto ok? ;-)

Até a próxima!

xoxo

7 comentários:

  1. Adorei o texto Mari!! Lembro perfeitamente de Virgínia em Toquinho, sempre tão arrumada e com o maior cuidado em vc qd pequeninha. Sei o qt ela era importante pra vc! Beijos e continue escrevendo textos lindos assim

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  2. Carols, ler seus textos sempre trazem uma enorme satisfacao e uma mistura de emocoes....

    Tem um filme que foi feito em homenagem a uma turma de graduandos nos Estados Unidos, e foi passado pela globo em um reveillon, chama-se FILTRO SOLAR.... eh lindo!

    Fala muito bem um pouquinho disso tudo que vc falou. A unica certeza que temos na vida, eh que um dia vamos envelhecer....

    Preservar os amigos, usar filtro solar, poupar os joelhos, dar valor aos familiares.... etc...

    Vale a pena ver! Eh lindo!

    Com esse texto, vejo que fiz, e faco parte da suas historias... sao tantos anos de amizade! Espero que seja assim, por muitos e muitos anos... Casadas, com filhos, Madrinhas dos filhos, e bem velhinhas depois, tomando cha!!!!

    XOXOXO

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  3. Carol Amiga,
    Como sempre vc arrasa no blog... eu adoro todos!!!
    Os incomodados, que se incomodem!! E os anonimos q continuem onde estao: apagados!
    WE LOVE YOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Camila

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  4. Meninashhhhh, gracias very much pelo apoio!!! Always...

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  5. Carolina, foi dificil ler este testo, devido as boas e saudosas recordaçoes e por varias vezes as lagrimas me fizeram parar de ler , porem a satisfaçao que vc me fez sentir na sua a sensibilidade e a facilidade em escrever tudo isso,nao so me deu orgulho , como me fez reviver cada cada momento, principalmente as palavras que vc escreveu sobre seus avos, em especial da nossa querida e inesquecivel Vivi.
    Beijos cheios de amor e carinho da sua mami que te ama muito Krol

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  6. Mamãe, obriga pelo comentário lindo! Eu que sou orgulhosa por fazer parte de uma família de grandes mulheres hehehehe assim como nossa linda e eterna Vivi!

    Amo-te tb!
    Beijo

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  7. mariazinha a cada dia me orgulho mais de você nada que exploda de sua memoravel inteligencia e sensibilidade me supreende o texto esta maravilhoso voce realmente estava inspiradissima voce vai longe pude viajar no tunel do tempo,recordar e vivre.beijos tia christina

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